29 de dez. de 2010

O Congresso das Sumidades Carnavalescas


Sociedades carnavalescas.
As grandes sociedades que apareceram na segunda metade do século XIX não se limitavam aos desfiles carnavalescos. Seu prestígio se apoiava também em atividades sociais e políticas. Os integrantes das sociedades eram cidadãos participantes da vida nacional, abolicionistas e republicanos, e os grandes clubes funcionavam também como sociedades literárias e musicais. Nos chamados carros de crítica, tomavam posição contra abusos e erros das autoridades ou a propósito de questões em que a coletividade estivesse empenhada. O Congresso das Sumidades Carnavalescas foi responsável pelo primeiro desfile do gênero, em 1855. Surgiu logo depois a União Veneziana, de curta duração, e duas dissidências do Congresso das Sumidades: a Euterpe Comercial e os Zuavos Carnavalescos. Os Tenentes do Diabo desfilaram em préstito pela primeira vez em 1867 e fizeram história como uma das mais populares sociedades carnavalescas. Seus aficionados eram chamados baetas. Outras sociedades muito populares foram os Democráticos, cujos admiradores se chamavam carapicus, e os Fenianos, cujo nome é uma referência aos revolucionários irlandeses que lutavam contra os britânicos, aplaudidos pelos "gatos". A Embaixada do Sossego, o Clube dos Embaixadores, os Pierrôs da Caverna, o Clube dos Cariocas e os Turunas de Monte Alegre também saíam em préstitos, formados por batedores, carro abre-alas, uma comissão de frente montada, um carro-chefe, carros alegóricos e de crítica e banda de clarins.

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