01-Cheguei
02-Pedreira
03-Boi bom caminhador
04-Tu já vai Maria
05-Maranhão sou eu
06-Mangueira
07-Parou pra quentar
08-Na igreja
09-Se tu vai me leva
10-Poeira-Adeus-Vou saindo
11-Vila de São Vicente-Galo boiou
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O Tambor de Crioula ou Punga é um brinquedo tradicional brasileiro, seu canto e dança tem origem no período escravocrata. É praticado ainda hoje, mormente, por afrodescendentes no estado do Maranhão. A dança realizada pelas mulheres, que se revezam no centro da roda, é marcada por evoluções e rodopios sensuais com atenção dirigida aos tambores, que embalam com o batuque dos "coreiros" o canto coletivo.
A prática do Tambor de Crioula se dá por ocasião de: pagamento de promessa para São Benedito; festa de aniversário; chegada ou despedida de parente ou amigo; comemoração pela vitória de um time de futebol; nascimento de criança; matança do Boi no bumba-meu-boi; festa de preto velho ou simples reunião de amigos. Portanto, não existe um dia determinado no calendário para brincar. Embora atualmente, o Tambor de Crioula seja visto com maior freqüência no carnaval e durante as festas juninas.
O improviso em torno da repetição do coro é uma das características das toadas. Os temas giram em torno da auto-apresentação, louvação aos santos protetores, sátiras, homenagem às mulheres, desafio de cantadores, fatos do cotidiano e despedida.
Felipe Neves Figueiredo (nome de batismo), nasceu em 6 de Junho de 1924, numa família de "coreiros" em São Vicente de Férrer, na Baixada Maranhense, região rica de tradições negras. Em 1947 mudou-se para São Luís, retornando logo em seguida para sua terra. Em São Luís iniciou um trabalho de oficinas (1979) no Laborarte, transmitindo assim seu saber para as novas gerações. Aos 84 anos de idade, brincante desde os 3 anos, Mestre Felipe nos deixou para animar terreiros mais elevados.
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