Sociedades carnavalescas.
As grandes sociedades que apareceram na segunda metade do século XIX não se limitavam aos desfiles carnavalescos. Seu prestígio se apoiava também em atividades sociais e políticas. Os integrantes das sociedades eram cidadãos participantes da vida nacional, abolicionistas e republicanos, e os grandes clubes funcionavam também como sociedades literárias e musicais. Nos chamados carros de crítica, tomavam posição contra abusos e erros das autoridades ou a propósito de questões em que a coletividade estivesse empenhada. O Congresso das Sumidades Carnavalescas foi responsável pelo primeiro desfile do gênero, em 1855. Surgiu logo depois a União Veneziana, de curta duração, e duas dissidências do Congresso das Sumidades: a Euterpe Comercial e os Zuavos Carnavalescos. Os Tenentes do Diabo desfilaram em préstito pela primeira vez em 1867 e fizeram história como uma das mais populares sociedades carnavalescas. Seus aficionados eram chamados baetas. Outras sociedades muito populares foram os Democráticos, cujos admiradores se chamavam carapicus, e os Fenianos, cujo nome é uma referência aos revolucionários irlandeses que lutavam contra os britânicos, aplaudidos pelos "gatos". A Embaixada do Sossego, o Clube dos Embaixadores, os Pierrôs da Caverna, o Clube dos Cariocas e os Turunas de Monte Alegre também saíam em préstitos, formados por batedores, carro abre-alas, uma comissão de frente montada, um carro-chefe, carros alegóricos e de crítica e banda de clarins.
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