O Ameno Resedá foi o mais famoso de todos os ranchos carnavalescos da cidade do Rio de Janeiro. Criado em 1907 por um grupo de funcionários públicos cariocas, após um piquenique em Paquetá, tinha sua sede no bairro do Catete.
Em 1908 o grupo teatralizou o tema a Corte Egipciana. Essa novidade agradou e foi imitado pelos demais ranchos. Seus enredos eram quase sempre mitológicos e serviam como ponto de união para se contar uma história com princípio, meio e fim. Isso criava condições dentro da visão do povo para maior brilho e explendor. As fantasias eram luxuosas, usavam materiais como lamê, seda e plumas e representavam príncipes, princesas, deuses, flores, caçadores ou animais. As fantasias dos Ranchos costumavam apresentar grandes resplendores e, muitas vezes, alegorias de mão.
Em 1914, O Ameno Resedá desfilou ao lado das sociedades carnavalescas. Em 1917, introduz a Comissão de Rancho, percussora das comissões de frente das escolas de samba. Naquele ano era composta por quatro sátiros transformados em "Príncipes Caçadores" com um séquito de Júpiter, Minerva, Atlas e doze pastores.
O Ameno Resedá tinha entre seus fãs Paulo de Frontin, Arnaldo Guinle, Oswaldo Gomes e Coelho Neto. Entre seus diretores de harmonia, ao longo dos anos, esteve o sambista Sinhô.
Em 1923, Coelho Neto, fã dos ranchos e torcedor do Ameno, faz uma crítica construtiva ao excesso de temas estrangeiros apresentados pelos ranchos, não por serem estrangeiros, mas sim porque na sua opinião eles já haviam sido repetidos com exaustão, a exemplo do que ocorre hoje com alguns enredos de escolas de samba.
O Ameno Resedá então compreende o recado e em 1924 traz o tema O Hino Nacional, considerado revolucionário, não apenas por ser nacional,mas também por ser um tema abstrato. Porém o rancho fica apenas com o terceiro lugar, o que teria levado Coelho Neto a escrever aos diretores do Ameno na época para que não desanimassem, pois nem sempre "quem planta é quem colhe".
Em 30 de janeiro de 1941, o Ameno Resedá realiza sua última assembléia, onde é decidida a sua extinção. Parte de seus bens são doados à Irmandade de Nossa Senhora da Glória.
Fonte:Wikipédia. Leitura Recomendada: JOTA EFEGÊ. Ameno Resedá: o rancho que foi escola. Rio de Janeiro: Letras e Artes, 1965.
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